De acordo com Roberto Soboll, diretor de produto da Samsung, o problema ocorreu na hora de atender a uma das normas da Anatel. "Nesse produto, o Google entra com 100% do software e nós entramos com o hardware", disse Soboll.
A Samsung afirma que o software do Nexus S foi feito para o mercado norte-americano. "Na hora que trazemos o aparelho ao Brasil, temos que atender a uma resolução da Anatel que diz que as operadoras têm que mostrar qual o código da área em que o usuário está localizado. Para a operadora fazer isso, ela tem que ter um mecanismo disponível no telefone. Como isso não é uma exigência lá fora, o Nexus S não tem essa função", completa o diretor.
Soboll conta que, normalmente, a Samsung usa o código do Google e adiciona uma camada extra, com funcionalidades desenvolvidas pela própria Samsung. Mas, no caso do Nexus S, não seria possível fazer a alteração.
"No final do dia, os prazos todos para ter essa funcionalidade e o desenvolvimento adicional tirou a janela de oportunidade do produto e decidimos não lançá-lo no Brasil", completa o executivo.
A Anatel informou, por e-mail, que o Nexus S foi homologado no mês passado. "Ele responde aos requisitos de compatibilidade eletromagnética, segurança elétrica e limites de exposição a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos. A exatidão de frequência, a potência máxima e mínima de saída e as variações de temperatura e de tensão de alimentação estão de acordo com as exigências técnicas da regulamentação vigente", informa a empresa.
Apesar disso, a agência destacou a regulamentação que determina que as operadoras de telefonia devem assegurar que suas redes possam informar ao usuário, por meio do aparelho, seu código de área.
A Folha entrou em contato com o Google, que informou que a Samsung é responsável sobre as declarações relacionadas ao Nexus S.
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Nexus S, aparelho criado pela Samsung e pelo Google |
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